Recursos Humanos: como aplicar o Design Thinking na gestão

Muito se fala sobre o setor de Recursos Humanos pensar e agir estrategicamente. Afinal, com o advento da tecnologia e sistemas programados para facilitar o dia a dia dos profissionais do segmento, muitas atividades até então operacionais, passaram a ser automatizadas, proporcionando mais tempo para ações focadas nas pessoas (colaboradores).

Neste sentido, inovar pode ser considerado o verbo mais apropriado para nos referirmos à modernização que o RH tanto busca. E, quando falamos em inovação, logo nos vem à cabeça um conceito/metodologia que tem ganhado espaço nos setores de RH de empresas do mundo todo: o Design Thinking. Você já ouviu falar?

É uma abordagem simples, mas que muitos gestores têm se baseado para tornar suas ações mais eficientes e assertivas. Conheça mais sobre o tema neste conteúdo produzido pela Metadados e descubra como o Design Thinking pode auxiliar sua empresa também. Boa leitura!

Conceito

O Design Thinking foi criado a partir do resultado da busca pela inovação, em que uma abordagem focada no ser humano e na sua multidisciplinaridade é capaz de conduzir a soluções inovadoras para diferentes negócios.

Charles Burnette, uma das maiores autoridades no assunto, define Design Thinking como “um processo de pensamento crítico e criativo que permite organizar informações e ideias, tomar decisões, aprimorar situações e adquirir conhecimento”. Ou seja, é uma espécie de metodologia que pode ser aplicada em diversos segmentos, inclusive no empresarial.

O Desing Thinking como processo deve seguir quatro fases:

  1. Imersão: Esta fase é de conhecimento, isto é, o momento em que a equipe deverá se aproximar do contexto do problema por diversos ângulos.
  2. Análise: O segundo passo é analisar e sintetizar as informações obtidas.
  3. Ideiação: Nesta etapa, a equipe poderá construir ideias inovadoras, com base nos dados coletados nas fases anteriores.
  4. Prototipagem: O último estágio do Design Thinking é aplicar no dia a dia as ideias sugeridas. Um projeto piloto pode ajudar na validação das sugestões e, assim que tiver retornos positivos, aplicar efetivamente.

De maneira geral, é possível identificar algumas características básicas que envolvem desta metodologia: colaborativo, pois envolve as pessoas no processo; empático, já que tenta compreender os valores e os sentimentos do público-alvo do processo; receptivo, visto que está aberto a novos pensamentos e sugestões; otimista, pois o processo apresenta a crença de que todos os problemas podem ser resolvidos e que sempre há um jeito para isso; experimental, quando é possível agir após ter a certeza de que a metologia que será aplicada já foi testada.

O Design Thinking no Recursos Humanos

Como o próprio conceito nos apresenta, o Design Thinking propõe mecanismos para fugir do pensamento tradicional, isto é, vislumbrar situações do dia a dia com um novo e mais amplo olhar. Então, utilizar esta metodologia no RH tem a intenção de inovar os processos, serviços e produtos, tanto para os colaboradores quanto para os clientes, justamente através dos feedbacks gerados por eles.

Para ficar mais claro, é possível que o profissional de Recursos Humanos proponha planos de ações que melhorem o engajamento, a comunicação interna e outros indicadores como turnover, horas extras, entre outros.

Uma pesquisa realizada em 2015 pela Fundação Getúlio Vargas indica que mais de 70% dos gestores de RH perceberam melhorias nas empresas após aplicarem o Design Thinking nas ações da corporação. Tais aperfeiçoamentos puderam ser percebidos nas avaliações de clima interno, resultando no aumento do engajamento dos profissionais e uma melhor produtividade das equipes.

Além desses indicadores, a aplicação da metodologia pelos profissionais de Recursos Humanos podem trazer outros efeitos positivos, como:

  • Maior empatia da gestão

Aproximar-se do colaborador para ouvi-lo reflete, principalmente, no aumento da empatia da gestão. Afinal, os líderes adotam uma postura mais humana, enxergando o colaborador como uma pessoa fundamental para o desenvolvimento das atividades da empresa.

  • Aumento da qualidade dos produtos e serviços

A maneira como os processos são executados impactam diretamente nos resultados dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. Isso quer dizer que com a metologia do Design Thinking os processos passam a ser realizados sob uma orientação mais assertiva, o que tende a melhorar a qualidade dos produtos e serviços.

  • Otimização dos processos internos

De modo geral, gestores que implantaram esta metodologia no dia a dia de seus setores puderam observar uma importante otimização dos processos internos. Além disso, foi possível integrar e melhorar o fluxo de informações.

Iniciando o processo no meu RH

Para que seja possível atingir o sucesso com a implantação do Design Thinking é necessário que toda a empresa esteja envolvida, desde o colaborador até a direção. Afinal, é o engajamento humano que servirá para quebrar paradigmas de estruturas até então enraizadas nos processos da corporação.

Ainda, é fundamental que a implantação seja simples e empática. Até porque um ambiente complexo e com dificuldades não é um espaço apropriado para um bom fluxo de ações.

O profissional de Recursos Humanos, que normalmente é responsável pelo desenvolvimento e andamento da metodologia, poderá unir todas as informações coletadas e iniciar as fases que englobam o Design Thinking. Nestes casos, poderá aplicar diversas ferramentas, como um caderno de sensibilização onde o participante anota suas observações diárias sobre o assunto a ser abordado ao longo da metodologia ou também uma sessão generativa, na qual se convida os colaboradores para exporem suas visões sobre o tema, a fim de entender o que sabem, sabem e sonham. Estes são apenas exemplos. O ideal é a empresa elaborar ferramentas de acordo com seu negócio.

Tudo isso trará mudanças positivas não apenas à empresa, mas aos colaboradores e clientes, que passarão a receber produtos e serviços mais qualificados.

Considerações

Em um mercado tão saturado de métodos ultrapassados, pensar e agir estrategicamente com base em Design Thinking é um diferencial para qualquer empresa. No setor de Recursos Humanos, então, esse método é muito eficaz para qualificar, além dos processos, a gestão de pessoas.

Contudo, para que o metodologia aconteça com assertividade é necessário que o profissional leve em conta três aspectos: o olhar no ser humano (colaborador), observar o negócio e o que é possível fazer para inovar no quesito tecnologia. Assim, deverá haver o cruzamento de visão humano com o negócio da empresa para que a solução final tenha visão de negócio, porque se não inovar, será apenas uma invenção.

E então, você também acredita que o Design Thinking é uma interessante perspectiva que pode ser estudada pela sua equipe de Recursos Humanos? Quer receber conteúdos como este? Acesse nossa Newsletter e fique por dentro de tudo que é tendência no universo de Recursos Humanos.

Metadados Sistemas para RH

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